O universo das provas equestres: Do hipismo ao freio de ouro

Laimyra Isarrel
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Aldo Vendramin revela como as competições equestres unem tradição, técnica e genética de excelência.

O mundo das provas equestres combina tradição, técnica e paixão. Como expõe Aldo Vendramin, empresário e fundador, o esporte equestre é um dos segmentos mais ricos e sofisticados do agronegócio, movimentando bilhões de reais por ano no Brasil. Mais do que competições, essas provas representam cultura, genética, profissionalização e uma relação ancestral entre o homem e o cavalo.

Venha saber mais de como funciona os eventos com os cavalos crioulos e sua importância para o mercado e a raça.

A tradição e a evolução do esporte equestre

As competições com cavalos têm origem milenar. Desde o império persa até as cavalarias europeias, o cavalo sempre simbolizou força, habilidade e status. Com o tempo, as práticas militares se transformaram em esportes organizados, dando origem às modalidades modernas.

Das pistas ao campo, o cavalo crioulo é símbolo de força e versatilidade, afirma Aldo Vendramin.
Das pistas ao campo, o cavalo crioulo é símbolo de força e versatilidade, afirma Aldo Vendramin.

O hipismo, como conhecemos hoje, consolidou-se no século XIX e se tornou esporte olímpico em 1900. Já no Brasil, o cavalo passou a ter papel fundamental nas atividades rurais e no lazer, especialmente com o surgimento de raças nacionais, como o Cavalo Crioulo e o Mangalarga Marchador.

Segundo o senhor Aldo Vendramin, as provas equestres são mais do que competições esportivas, são expressões culturais. Cada modalidade reflete a história, o clima e as tradições da região onde se desenvolveu.

Principais modalidades e suas características

O universo equestre é vasto e diversificado. Entre as modalidades mais conhecidas estão:

Hipismo Clássico (Salto, Adestramento e Concurso Completo de Equitação)

  • O salto exige precisão e controle, com obstáculos que testam técnica e confiança entre cavalo e cavaleiro.
  • O adestramento avalia harmonia, elegância e obediência.
  • O concurso completo combina provas de campo, adestramento e salto, sendo o triatlo equestre das Olimpíadas.

Freio de Ouro (Cavalo Crioulo)

  • É uma das competições mais tradicionais do sul do Brasil, que avalia tanto a morfologia quanto a funcionalidade do animal.
  • O cavalo é testado em provas de resistência, obediência, velocidade e precisão, simulando as condições do trabalho de campo.
  • Essa prova se tornou símbolo da cultura gaúcha e da excelência genética do Cavalo Crioulo.

Três Tambores e Seis Balizas (Quarto de Milha)

  • Modalidades de velocidade e precisão. O cavalo precisa contornar tambores ou balizas no menor tempo possível.
  • Exigem reflexos rápidos, potência muscular e entrosamento absoluto com o cavaleiro.

Provas de Rédeas e Laço

  • Envolvem controle fino, movimentos rápidos e confiança total do animal.
  • São modalidades que unem técnica, cultura e emoção.

Cada prova tem um perfil distinto de cavalo e cavaleiro, como destaca Aldo Vendramin. O sucesso depende de genética, treinamento e relacionamento, uma sintonia que só se conquista com tempo e respeito, frisa o empresário.

O mercado equestre no Brasil

O setor de cavalos movimenta mais de R$ 30 bilhões por ano, segundo dados da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Crioulo (ABCCC). Envolve criação, treinamento, eventos, turismo, nutrição, equipamentos e até moda.

O Brasil é referência mundial em genética equina. Raças como o Crioulo, o Mangalarga Marchador e o Quarto de Milha estão entre as mais valorizadas. O país abriga exposições e provas reconhecidas internacionalmente, como a Expointer e a Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador.

Além do aspecto esportivo, as provas equestres têm forte impacto econômico e social. Elas geram empregos diretos e indiretos, movimentam o turismo rural e promovem o intercâmbio entre criadores, veterinários, ferradores e treinadores. Aldo Vendramin ressalta que o esporte com cavalos é também uma forma de educação. Ele ensina disciplina, empatia e responsabilidade, valores que ultrapassam o ambiente competitivo.

Como começar nas provas equestres

Entrar no mundo do esporte equestre requer planejamento e orientação. Algumas dicas fundamentais incluem:

  1. Escolher a modalidade adequada: Avalie seu objetivo: lazer, competição ou criação.
  2. Investir em um bom cavalo: A genética influencia o desempenho. Consulte criadores e treinadores experientes.
  3. Buscar acompanhamento técnico: Treinadores credenciados e veterinários especializados são indispensáveis.
  4. Preparar infraestrutura adequada: Instalações seguras, alimentação balanceada e manejo correto são essenciais.
  5. Entender a legislação e os regulamentos: Cada modalidade tem regras específicas e entidades reguladoras (CBH, ABCCC, ABQM, entre outras).
@aldovendramin

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Como explica o senhor Aldo Vendramin, o mais importante é respeitar o cavalo. O sucesso vem da confiança e do equilíbrio entre performance e bem-estar animal.

O futuro do esporte equestre

O futuro do setor é promissor. O avanço da tecnologia está transformando o treinamento e o monitoramento de cavalos. Equipamentos de biomecânica, GPS e análise de movimento permitem ajustar o desempenho com base em dados precisos.

Além disso, há um movimento crescente de valorização do bem-estar animal, com regras mais rígidas e práticas de manejo ético. O público também está mais engajado, buscando esportes que unem natureza, tradição e emoção. As provas equestres representam o encontro entre tradição e modernidade. São a celebração da harmonia entre o homem e o cavalo, um vínculo que atravessa gerações e continua inspirando novas histórias.

Como considera Aldo Vendramin, o esporte equestre é mais do que uma competição: é uma arte que une técnica, sensibilidade e paixão. Seja no salto, no Freio de Ouro ou nos Três Tambores, o cavalo é sempre protagonista, símbolo de força, elegância e liberdade.

Autor: Laimyra Isarrel

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