Alexandre Costa Pedrosa explica que a saúde humana é resultado de uma interação complexa entre fatores genéticos e escolhas de estilo de vida. Embora os genes influenciem características físicas e predisposições a doenças, eles não são uma sentença definitiva. A maneira como vivemos, comemos, dormimos e gerenciamos o estresse pode modificar expressões genéticas e determinar como essas predisposições se manifestam.
Neste artigo, vamos compreender até onde os genes determinam nossa saúde, qual o papel do ambiente e dos hábitos diários e como é possível promover qualidade de vida por meio de escolhas conscientes.
Como a genética influencia a nossa saúde?
A genética representa o conjunto de instruções biológicas herdadas dos pais, que moldam aspectos como cor dos olhos, altura e até a propensão a certas doenças. Dentro de cada célula, o DNA carrega informações que definem o funcionamento do corpo e o modo como ele reage a fatores externos. No entanto, ter uma predisposição genética não significa necessariamente desenvolver uma condição de saúde.
Em muitos casos, os genes funcionam como uma base, e o estilo de vida é o fator que ativa ou desativa determinadas respostas do organismo. De acordo com Alexandre Costa Pedrosa, a epigenética mostra que nossas escolhas diárias têm um papel poderoso. Uma alimentação equilibrada, o controle do estresse e a prática regular de exercícios físicos podem “silenciar” genes relacionados a doenças crônicas e, ao mesmo tempo, ativar mecanismos de proteção e regeneração celular.
O estilo de vida pode mudar a expressão dos genes?
O estilo de vida é um dos principais fatores que influenciam o modo como os genes se manifestam. Estudos científicos demonstram que hábitos saudáveis têm o poder de modificar a expressão genética, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até câncer. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, o sedentarismo e a falta de sono, por outro lado, criam um ambiente propício para inflamações e desequilíbrios metabólicos.

Por isso, Alexandre Costa Pedrosa frisa que a forma como escolhemos viver impacta diretamente o funcionamento das células e o envelhecimento do organismo. Adotar uma rotina equilibrada é uma forma prática de promover a saúde em nível genético. Pequenas mudanças, como incluir mais vegetais, evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool, já são capazes de gerar efeitos significativos a longo prazo.
De que forma a alimentação influencia a genética?
A alimentação tem papel direto na regulação dos genes. Nutrientes como vitaminas, minerais, antioxidantes e gorduras boas são capazes de influenciar processos celulares e alterar a expressão genética de forma positiva. Por exemplo, alimentos ricos em ômega-3, como peixes e sementes, ajudam a controlar a inflamação, enquanto frutas e vegetais fornecem compostos bioativos que protegem o DNA contra danos.
Por outro lado, dietas ricas em açúcar e gorduras saturadas favorecem a oxidação celular e aumentam o risco de doenças metabólicas. A chave está no equilíbrio: quanto mais variada e natural for a alimentação, maior será o suporte fornecido ao corpo para que os genes trabalhem de forma eficiente. Como ressalta Alexandre Costa Pedrosa, cada refeição é uma oportunidade de nutrir o organismo e proteger o patrimônio genético.
Quais outros hábitos impactam a expressão genética?
Além da alimentação, outros aspectos do estilo de vida têm grande influência sobre a saúde genética. A prática regular de exercícios físicos estimula a liberação de substâncias que promovem o rejuvenescimento celular e melhoram o metabolismo. O sono adequado, por sua vez, é essencial para a regeneração do DNA e a regulação hormonal.
Por fim, o futuro da saúde está na medicina de precisão, que une informações genéticas e hábitos pessoais para criar planos de cuidado individualizados. Essa perspectiva valoriza a prevenção, a educação em saúde e o protagonismo do paciente nas próprias escolhas. Alexandre Costa Pedrosa pontua que compreender que os genes não definem tudo é libertador.
Autor: Laimyra Isarrel